Projetos Literários
Projeto
3
A coleção Purpurina é um conjunto de livros resultantes da formação Escrever para Crianças. Esta coleção única, reúne histórias escritas por talentosos participantes, cada um trazendo a sua própria imaginação para o universo literário infantil.
Cada livro Purpurina é um reflexo do esforço e da paixão do seu autor, oferecendo narrativas textuais e visuais envolventes ao publico leitor mais novo.
No Azores Kid Book Nook, temos o prazer de não apenas promover esta formação, como também de difundir os livros da coleção Purpurina não só nas nove ilhas dos Açores, como além das suas fronteiras.
Junte-se a nós nesta jornada mágica e descubra o encanto dos livros Purpurina, onde cada página é uma oportunidade para a criança aprender a crescer e a desenvolver a sua imaginação e criatividade.
Os primeiros livros desta coleção, abaixo nomeados, surgiram da formação piloto de Escrita para Crianças, desenvolvida em 2023. Esta experiência formativa foi base de trabalho, estruturação e aprimoramento da formação atual Escrever para Crianças.
Anastácia Fins - A Lenda do Dragoeiro (Lenda)
Aldina Ramos - O Mistério da Lua de Cristal (Mito)
Joana Dutra - A Torre do Relógio (Texto dramático)
Jennifer Oliveira - A Arca da Poesia (Poesia)
Tânia Branco - Valéria e a Aventura no Planeta Omi (Aventura)
Para adquirir os livros Purpurina, poderá recorrer à nossa Livraria ou caso pretenda participar na nossa formação Escrever para Crianças e fazer parte deste florescer da escrita para crianças no arquipélago dos Açores, inscreva-se através dos nossos contatos.
Projeto
2
O livro Corrupio de Histórias surgiu a partir do projeto “Da Música ao Livro”. Sempre que algo me leva a pensar no desenvolvimento deste projeto, o sinónimo que se apresenta é trabalho, muito trabalho.
Criei-o a pensar estimulo pela leitura que poderia provocar nas crianças participantes. Dediquei-me de tal forma a este projeto, que não calculei o trabalho que iria exigir da minha parte.
Tudo começou com um menino com um carisma único. Eu encontrava-me com ele todas as vezes que eu ia contar histórias à escola onde ele estudava. Sempre que terminava as horas de conto, todos se despediam e iam embora, mas ele ficava sempre para ultimo, fazendo questão de me contar uma história inventada por ele, naquele mesmo momento.
As histórias eram compostas por um grau elevadíssimo de criatividade misturadas com momentos do seu dia a dia. Eu achava aquilo de uma riqueza imensa. O que me levou a pensar em quantos e quantos miúdos seriam autênticos repertórios de histórias cativantes e feitas instantaneamente.
E foi aqui que surgiu o projeto “Da Musica ao Livro”. O objetivo era basicamente criar uma coletânea com histórias contadas pelas crianças, mas a parte realmente original do projeto seria a criação do meu próprio método de trabalho direto com as crianças.
Primeiro comecei por reunir diferentes musicas clássicas, apenas compostas por instrumental, de seguida retirei fragmentos de cada uma das musicas e unias umas às outras dando origem a uma espécie de medley.
Esta foi a base de todo o trabalho que se desdobrou a seguir. Fiz sessões individuais com as crianças, com a duração máxima de duas horas.
Então o que eu fiz com cada criança foi o seguinte:
Primeiro pedia que a criança apenas falasse comigo que eu registava o que ela me dissesse. Isto porque, as crianças não têm facilidade na escrita e isto acaba por constituir um grande travão à criatividade.
A seguir eu pedia para a criança me dizer qual a cor que cada fragmento do medley a fizia lembrar. De seguida ouvíamos novamente as musicas para que a criança me dissesse quais os lugares que cada fragmento a fazia lembrar e por ultimo repetíamos tudo mas para personagens que tanto poderiam ser, pessoas, animais, objetos, outros seres imaginados.
Com a recolha destes elementos passávamos à criação da história.
Sem que a criança se apercebesse, eu colocava o telemóvel em modo de gravação e a criança ia inventando a sua história, construindo-a com a inclusão dos elementos recolhidos anteriormente.
A minha intervenção acontecia sempre que eu percebia que a criança poderia aprofundar determinada passagem, eu perguntava: mas porque razão aconteceu isso? Mas no dia seguinte ficou tudo da mesma maneira? Mas e a comida foi para onde? Por vezes dizia para a criança explicar melhor.
No final, já quando a história tinha principio meio e fim eu revelava o fator surpresa da gravação, e este momento, por si só já era majestoso, a reação positiva da criança ao ouvir a sua própria criação.
Depois de fazer isso cinquenta vezes, com cinquenta crianças, é que começou a avalanche do trabalho. O tratamento das histórias. Ouvir as histórias, passar para o computador e limar o menor número de arestas possível, de forma a deixar que as histórias mantivessem o mais puro da sua raiz e ao mesmo tempo o mais claro possível para o futuro leitor.
Meses e meses de entrega a este projeto que eu não estava a conseguir encontrar um fim. Foi então que a Vivelinda tosta fez estágio comigo e felizmente conseguimos dar por concluída a transcrição das histórias.
Quando esta parte ficou resolvida, passei para a parte da ilustração, como o livro já era extenso eram necessárias imagens simples e de fácil interpretação, foi por este motivo que a professora de educação visual Alice Torrão, foi desafiada para este fim.
Três anos depois do seu arranque, a coletânea, composta por cinquenta histórias, inventadas por cinquenta crianças com idades entre os 5 e os 17 anos, foi lançada ao publico.
Projeto
1
O projeto Sensibilizar consistia em escrever uma história para crianças em que o personagem principal era portador de alguma problemática. E por ser acentuadamente diferente, a narrativa mostra que é capaz de fazer algo muito além do esperado.
Eu dedicava algum tempo á escrita das histórias respeitando objetivos pré-definidos para a mensagem final e posteriormente, eram enviados os convites às escolas básicas, de modo a que, com a ajuda dos professores, fosse possível reunir um grupo de crianças-ilustradores. Depois de se conseguir o grupo de ilustradores, era realizado um workshop de ilustração, em que a história era lida e aprofundada com as crianças e de seguida trabalhavam nos desenhos a constar como ilustração.
O projeto reunia deste crianças, encarregados de educação, familiares, escolas, psicólogos, designers, fotógrafos entre outros profissionais que íamos recorrendo conforme necessário.
O Sensibilizar, durante toda a sua existência, foi apoiado financeiramente por entidades privadas e publicas, nomeadamente câmaras municipais. Uma das maiores riquezas deste projeto foi a intenção de envolver a sociedade para sensibilizar ao grande tema da educação especial.
O mote do projeto Sensibilizar era o proverbio:
“Diz-me que eu lembrar-me-ei,
Ensina-me e eu lembrar-me-ei,
Envolve-me e eu aprenderei.”
Durante quase uma década o Projeto Sensibilizar revelou ser um sucesso. Inicialmente foi desenvolvido na ilha terceira e, posteriormente, desenvolvido nas ilhas de são Miguel, santa maria e são Jorge. O projeto sensibilizar conta, na sua totalidade com sete livros, sendo estes:
Orvalho
Especialmente
A princesa sobre rodas
A grãozinho de arroz
Pena de Pássaro
Cúpulas
Zuim
Depois da edição destes livros, havia mais dois que estavam em processo de elaboração, porém houve o termino do Projeto Sensibilizar porque a área da Educação Especial evoluiu para Educação Inclusiva e já não fazia sentido continuar.